DP: Faz um tempo que não conversamos. DP: É como se nunca tivéssemos conversado. DP: Há tristeza em ti. DP: Tristeza não, desalento. DP: Não vou dizer que são sinônimos. Não quero te confrontar DP: Engraçado. Sempre achei que haveria esta luta infinita entre nós DP: Você tentou outra vez submeter seu original para a Companhia das Letras? DP: Essa parte de mim que aceita o sofrimento como algo engrandecedor. Uma ínfima parte, mas que tem lá em sua petulância a força necessária para se sobrepor a minha vontade. DP: Li o e-mail que você enviou para a editora. O primeiro e o segundo. DP: Não fui eu. Foi a ínfima parte. DP: Gostaria que ela crescesse em ti. Haveria menos confronto entre nós. DP: É, talvez houvesse. Se hoje ela quiser tomar meu corpo, tanto faz. DP: Posso ler pra ti os dois e-mails que ela enviou? DP: Eu já li DP: Não, não leu. Quem leu foi a parcela imensa do Dan que aceita o desalen...
é escritor. O resto se pode imaginar.