A planície recobre o solo estéril. Olha a castanheira, suas folhas e frutos. Na terra, as raízes profundas buscam alimento. Uma família de aves migratórias repousa num dos galhos. Anunciada a cura para o novo vírus e o solo ainda é o mesmo, as raízes são as mesmas, os mesmos pássaros nos galhos mesmos. Tenta se mover e não consegue. Permanece onde está e toca as paredes, mas não é seu lar. Inspira a terra seca, mas não é seu chão. Ouve o peito apertado e quer saber o que falta. Expira e a brasa ganha força feito castanheira quando encontra água. Seu peito é lar e nele há uma chama. Envolve a castanheira com seu longo abraço e vê as aves seguirem alto. Abandona as paredes, a terra. Vai buscar quem lhe quiser abrigo. Leva consigo somente o que pode carregar dentro do peito. O mundo é uma vasta planície sobre um campo fértil.
é escritor. O resto se pode imaginar.