DP: Fruta preferida? DP: Tomate. DP: Um mamífero? DP: Baleia. DP: Assim fica difícil? DP: Oi? DP: Fica difícil. Perguntas simples sugerem respostas ligeiras, de superfície. DP: Pois foi o que dei. DP: Não sei se o leitor concordará. DP: Talvez eu queira saber que importância literária habitam tais perguntas. DP: Talvez teu público considere importante ler o autor-personagem. DP: Meus escritos não sou eu. Ou você tem interesse no meu texto, que repito: não sou eu, ou então não sobra nada. A literatura basta-se. É feita serpente que consome o próprio corpo. DP: Ser escritor no século XXI exige presença. DP: Não se o que basta é a narrativa. O escritor se faz no ato de escrever. Publicar é irrelevante. Do autor, esse sim, exige-se onipresença. É dele que se espera a selfie, a assinatura do contrato. A resposta simples, ligeira e superficial. DP: Dan Poletti é autor ou escritor? DP: Eu sou nós. Sou vasto, contenho multidões. ...
é escritor. O resto se pode imaginar.